Apoios para as famílias vêm tarde e excluem a classe média

14 de dezembro de 2022
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O Presidente do PSD considera que o complemento extraordinário para as famílias mais vulneráveis anunciado pelo Primeiro-Ministro vem demasiado tarde. Desde abril que Luís Montenegro defende a necessidade de “um programa de emergência social para as famílias e empresas mais atingidas pelo aumento dos bens fundamentais: na alimentação, nos combustíveis e na eletricidade”.

Em Proença-a-Nova, no âmbito do programa “Sentir Portugal em...”, o líder do PSD saudou o Primeiro-Ministro por finalmente pôr em prática a visão social-democrata perante a crise inflacionista. “Parece que o dr. António Costa está a recuar e a vir ao encontro do plano estratégico do PSD. Quando o dr. António Costa se inspira nas ideias do PSD, ele faz algumas coisas bem feitas. Quero saudar que o dr. António Costa dê razão ao que o PSD disse há meio ano. (…) Creio que o dr. António Costa também se equivocou quando achou que a inflação era passageira. Não só e não é passageira, como está a tardar em baixar para um nível que permita às pessoas recuperar poder de compra”, apontou.

Por outro lado, sublinha Luís Montenegro, os “mecanismos de apoio” devem abranger todas as famílias, “incluindo a classe média”, razão pela qual o PSD propôs a “redução do 3.º, 4.º e 5.º escalões do IRS”. “O PS ainda vai a tempo de ter uma medida para este segmento”, precisou.