Hospital da Guarda não pode ser um “armazém recheado com um inacreditável amontoado de doentes”

14 de janeiro de 2021
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Carlos Peixoto, deputado do PSD eleito pela Guarda, defende a “tomada de decisões firmes, eficazes e urgentes” para resolver as “condições deploráveis da prestação dos cuidados de saúde” na maior unidade de saúde do distrito. 

“O Governo e a administração do Hospital não podem conformar-se com a transformação de uma unidade de saúde num armazém macabro e recheado com um inacreditável amontoado de doentes. As pessoas não são mercadorias e quem administra o Hospital não pode deixar de dar um grito de revolta e encontrar soluções de emergência para este drama”, afirma.

Numa pergunta à ministra da Saúde, esta quarta-feira, o deputado insurge-se contra “o caos e a tragédia que se vive no Hospital da Guarda”. “Corredores atolados de macas e doentes, filas intermináveis de acamados, e um depósito dantesco e indigno de pessoas na urgência, exibem bem o estado de calamidade a que chegou a saúde no distrito da Guarda”, contesta.

Para Carlos Peixoto, “não está em causa a inexcedível entrega dos profissionais de saúde, que por certo fazem o que melhor sabem e podem para acompanhar e monitorizar esses doentes”, mas sim “as condições deploráveis da prestação dos cuidados de saúde, que por mais esforço e profissionalismo que exista – e existe –, potenciam erros, omissões e respostas deficitárias que comprometem a integridade física e a vida de quem mais precisa de apoio e ajuda”.

O parlamentar social-democrata entende que o “atual contexto pandémico não pode explicar tudo, até porque a incapacidade de ação do Hospital já há muito tempo que é questionada e denunciada”. 

Carlos Peixoto considera uma “obrigação de quem governa dotar o Hospital de meios e recursos mais consistentes, confiáveis e seguros e, acima de tudo, mais duradouros e estáveis”. 

Para o PSD, a contratação imediata de estruturas de retaguarda que colmatem provisoriamente (mas com segurança) as carências existentes é uma possibilidade que pode ser tida em conta, assim como a construção do pavilhão 5 tantas vezes prometido e nunca mais dado à luz, é outra opção que liberta de vez espaço para utilização e readaptação das instalações existentes.

“O que não pode manter-se é a atual balburdia que se vive e a total inoperância para a superar”, conclui.

O PSD pergunta:
1) Está o Ministério da Saúde a par da situação dramática em que se encontra o Hospital da Guarda no que respeita ao acolhimento e acomodação segura e condigna dos doentes?
2) Que plano ou estratégia tem o Governo para evitar que os corredores do Hospital sejam depósitos impressionantes e insalubres de macas e de doentes?