“Bazuca europeia” é crucial para o futuro de Portugal e deve ser direcionada para as empresas e famílias

4 de dezembro de 2020
Grupo Parlamentar Covid-19 Europa

Paulo Moniz considera que o próximo Conselho Europeu “é o mais importante das nossas vidas”. Com a pandemia a criar um problema gravíssimo também do ponto de vista económico, o deputado do PSD citou Sá Carneiro para exigir coragem ao Primeiro-Ministro na próxima reunião dos líderes europeus.

No debate preparatório do Conselho Europeu, com a participação de António Costa, Paulo Moniz frisou que a espera pela bazuca europeia é “dramática” e adiantou que os 57,9 mil milhões de euros que Portugal vai receber nos próximos 10 anos são cruciais para o futuro do país. “Há uma opção estratégica e política que deve ser tomada.

Estas verbas, maioritariamente, devem dirigir-se às empresas e às famílias, mas fundamentalmente a quem tem capacidade de criar riqueza. Só assim Portugal poderá sair o ciclo vicioso de estar permanentemente dependente de fundos europeus e quando estes não existem recorrer ao endividamento. Temos de quebrar este ciclo”, afirmou o social-democrata.

Paulo Moniz referiu-se ainda às relações transatlânticas que se alteraram com a eleição de Joe Biden para a presidência americana. Com a possibilidade de existir uma cimeira presencial, o deputado açoriano desafiou António Costa a escolher os Açores para a realização desse encontro.

Com o tema das alterações climáticas também em debate no próximo Conselho Europeu, com uma nova meta de redução das emissões em discussão, Luís Leite Ramos defendeu que a pandemia não pode ser uma justificação para se reduzir o combate à urgência climática. “Pelo contrário, é uma justificação para se acelerar este combate”, afirmou o Vice-Presidente da bancada do PSD.

De acordo com o deputado, a Rede Europeia de Ação Climática considera que o trabalho que está a ser feito em alguns países, entre eles Portugal, tem problemas adicionais, nomeadamente a capacidade para alcançar os objetivos de longo prazo do Acordo de Paris. Para o social-democrata, mais do que “boas intenções”, o nosso país preciso de instrumentos e mecanismos para monitorizar o que vem sendo anunciado pelo Governo.