Portugal precisa de um Ministério da Agricultura atuante e próximo

27 de fevereiro de 2024
PSD agriculturaproxima mundorural AD legislativas2024

O líder da AD defende que Portugal deve ter um Ministério da Agricultura “atuante e próximo” dos agricultores e do mundo rural. 
“Em primeiro lugar, ter um Ministério da Agricultura que seja atuante e possa estar perto dos agricultores e interagir com eles, diminuindo a carga burocrática, ajudando na utilização de recursos financeiros, nomeadamente em sede de fundos europeus e tratando, na parte que as políticas públicas podem fazer, de dar mais competitividade à agricultura”, disse.
Esta terça-feira, após visitar a Cersul, um agrupamento de produtores de cereais em Elvas, acompanhado da Presidente da Câmara Municipal de Portalegre, Fermelinda Carvalho, e do cabeça de lista da AD, Rogério Silva, Luís Montenegro ouviu queixas de um administrador da Cersul, Bulhão Martins, que criticou os “oito anos de abandono do setor” pelos governos socialistas. 
O líder da AD apontou a gestão dos recursos hídricos. “Em Portugal, mais do que um problema de falta de água, temos um problema de falta de capacidade de armazenamento e condução da água para os locais onde é preciso, quer para o abastecimento humano, quer para a agricultura”, explicou.
Luís Montenegro entende que o Governo pode ter também uma intervenção na Europa, para que a agricultura portuguesa “não esteja em segundo plano face às potências agrícolas do Norte e do centro da Europa”.
Luís Montenegro reafirmou intenção de, quando for primeiro-ministro, implementar uma reunião mensal do Conselho de Ministros (além das semanais) em três áreas temáticas em que a agricultura terá “uma palavra”: assuntos económicos, transição ambiental e transição digital.
O líder da AD salientou a importância estratégica da agricultura não só para aumentar a soberania alimentar do país, mas também como forma de fixação das pessoas e até para diminuir a exposição do país aos incêndios florestais.
“Se nós fizermos bem as contas, quando há um grande incêndio, os meios financeiros de que nós dispomos para o combate e diminuição do impacto no património e na vida das pessoas é 50 ou 100 vezes maior do que o que fazemos para ter a floresta organizada”, salientou.
Em Elvas, Luís Montenegro acusou o PS de “lançar para o ar” a regionalização, sem um projeto concreto de competências e financiamento, realçando que isso não está no programa da AD para esta legislatura.
Por fim, alertou para as situações de imigração não integrada, em condições instáveis e pouco dignas, que criam um sentimento de insegurança. “É preciso regulação e é preciso que isso depois se expresse numa política de integração mais efetiva, para nomeadamente não criar zonas de insegurança, zonas onde as populações estão mais expostas a situações, enfim, que lhes dão um sentimento de insegurança que nós devemos obviar", defendeu, dando como exemplo “um episódio fatal em que duas pessoas morreram em Lisboa” e se constatou que “mais ou menos vinte pessoas” viviam “num espaço exíguo”.
“Eu não estou a dizer que as pessoas vêm do estrangeiro para Portugal têm essa tendência para criar problemas, mas criam um sentimento, quando não são bem integradas, e esse sentimento tem de ser combatido, como é evidente”, precisou.