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Luís Montenegro apelou aos eleitores para darem à AD “um voto de confiança” para oito anos de governação, sublinhando que todos aqueles que votaram no PS ou Chega querem estabilidade, mas só há um projeto político em condições de a assegurar: a Coligação PSD/CDS.
No jantar do 51.º aniversário do PSD, que reuniu cerca de 1.800 pessoas no Centro de Congressos de Lisboa, em Lisboa, o também Primeiro-Ministro distinguiu, desde logo, o perfil interclassista, reformista e da livre iniciativa do PSD, porque historicamente o PSD não pretende mandar nas pessoas, nas empresas e nas coletividades.
Do ponto de vista ideológico, Luís Montenegro fez uma demarcação clara entre o PSD e a esquerda, com especial foco no PS. Enalteceu a “vocação reformista e transformadora” do PSD, o seu carácter transversal e humanista, “que não deixa ninguém para trás” na sociedade. “Nós não mandamos nas pessoas, não mandamos nas empresas, não mandamos nas organizações. Olhamos para o potencial das pessoas e das empresas e tentamos tirar tudo aquilo que todos têm para dar a bem de todos”, frisou.
Num discurso onde começou por saudar os fundadores, os dirigentes e as bases do partido, assim como três mulheres sociais-democratas ali presentes – a antiga ministra e atual vice-Presidente, Leonor Beleza, a ex-Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves e Carla Montenegro, a sua mulher –, Luís Montenegro homenageou ainda “um grande amigo”, o antigo Secretário-geral, Miguel Macedo, que faleceu recentemente e faria, no dia do aniversário do PSD, 66 anos de vida.
Luís Montenegro disse que as oposições comentam as propostas do PSD e as medidas do Governo, “dizendo mal, sempre com negativismo, sempre com azedume”. “O PSD não esteve sempre no Governo, mas sempre que estivemos no Governo e também sempre que estivemos na oposição olhámos para o país, olhámos para a comunidade com um espírito positivo. E essa é uma grande diferença do PSD com todos os outros que se apresentam agora a votos”, acrescentou.
Neste ponto, o Primeiro-Ministro realçou que o Governo chegou ao fim de 2024 “com o melhor resultado em termos de contas públicas e com o melhor resultado no desempenho da economia”.
Luís Montenegro afirmou ainda, neste contexto, que na campanha para as legislativas de 2024 as oposições duvidaram do programa económico da AD, classificando-o como “irrealista, que não tinha condições para ser executado”. “Convém relembrar-lhes que a nota dominante deste ano foi que, para os socialistas, nunca foi de dispensar, pelo contrário, o apoio do Chega. Para o Chega, nunca foi de ignorar a junção com o PS, para ver se perturbavam a ação do Governo”, criticou.
A esses eleitores, pediu que não liguem tanto “às tricas verbais, às tiradas de campanha eleitoral, às mudanças de visual político, àquilo que são as promessas de fazer tudo aquilo que não foram capazes de fazer no passado, ou às promessas de vender a ilusão de que tudo pode ser feito de um dia para o outro”.
Sobre as eleições legislativas, o líder do PSD considerou que “os dados são cada vez mais seguros” de que os portugueses “têm hoje uma preferência” pela continuidade do Governo que lidera e pediu que seja feita uma comparação entre o que fez em 11 meses e o que os anteriores executivos do PS fizeram em oito anos.
“Imaginem quem fez isso em 11 meses, o que não será capaz de fazer não em quatro anos. Imaginem o que é que não será capaz de fazer nos próximos oito anos. E aí, o termo de comparação vai ser mais justo, mais equilibrado”, afirmou.
Neste ponto, o Primeiro-Ministro fez uma defesa do legado de Cavaco Silva, o estadista que conseguiu liderar os destinos de Portugal por uma década. “Quando eu vejo tanto incómodo quando o Presidente e Primeiro-Ministro Aníbal Cavaco Silva está connosco, o que verdadeiramente motiva esse incómodo é o reconhecimento de que ele personifica o período histórico com maior desenvolvimento desde o 25 de Abril”, ressalvou.
No dia em que um agente da PSP foi agredido no Martim Moniz, em Lisboa, Luís Montenegro insistiu na prioridade que o Executivo deu a este tema e considerou que a oposição se aproximou do Governo. “Hoje reconhecem, veja-se bem, que as polícias, as forças de segurança devem ter maior presença e fazer operações mais musculadas”, apontou.
Numa intervenção de cerca de 40 minutos, Luís Montenegro definiu o PSD como um partido “aberto”. “Hoje, está aqui muita gente hoje que não é militante do PSD, que também não é militante do CDS, que já militou em outros partidos ou, então, que não militou em partido nenhum. (…) O PSD não é de ninguém, é de Portugal, é da sociedade portuguesa. O PSD é património da democracia portuguesa. (…) Nós somos o garante da estabilidade, progresso, justiça social, criação de riqueza e solidariedade”, concluiu.