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O Primeiro-Ministro reitera que o país vai voltar a ter um excedente orçamental no final do ano, sublinhando que a economia está a ter um “bom desempenho” e vai surpreender “muitos pessimistas”. “Eu não tenho dúvidas de que vamos chegar ao final do ano e vamos ter novamente um 'superavit' nas contas públicas, vamos novamente poder dizer que baixámos o IRS a meio do ano, que aumentámos o complemento solidário para idosos, que demos um suplemento extraordinário aos pensionistas até 1.567,50 euros e, mesmo assim, cumprimos a meta relativamente ao equilíbrio das contas públicas”, destacou.
O Executivo vai assim conseguir atingir esse “superavit” ao mesmo tempo que executa o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), constrói casas e reabilita centros de saúde e escolas. “Estamos a fazer as coisas com equilíbrio, com sentido de responsabilidade”, considerou, frisando que a economia portuguesa, apesar do contexto internacional “está com um bom desempenho” e vai “surpreender muitos pessimistas no final deste ano”.
Na Festa do Pontal, o líder social-democrata adiantou que o Executivo vai avançar com um novo processo de simplificação e eliminação da burocracia, introduzindo a possibilidade de, com um único pedido, ter uma segunda via de todos os documentos.
Uma das medidas é consagrar que a alteração da morada no Cartão de Cidadão seja alargada automaticamente a todos os documentos no Estado. Neste caso, o Documento Único Automóvel passará a ter sempre a mesma morada do que o Cartão do Cidadão, deixando assim de haver multas para quem tenha moradas diferentes nos dois documentos.
A criação da possibilidade de se poder fazer uma viagem em vários transportes apenas com um bilhete, e não apenas dentro de um determinado concelho, foi outra proposta a ser concretizada.
Vai igualmente ser criada uma carteira virtual com todos os documentos necessários para cidadãos e empresas apresentarem nos serviços quando lhe for pedido para uma determinada candidatura ou processo.
“São coisas que parecem pequenas, mas vão dar mais qualidade de vida às pessoas”, apontou.
Novo Hospital Central do Algarve será lançado até ao início de outubro
Numa intervenção, que durou cerca de 50 minutos, o Primeiro-Ministro anunciou que o lançamento do processo de construção do Hospital Central do Algarve ocorrerá "o mais tardar no início de outubro" num investimento de 800 milhões de euros.
Este equipamento funcionará em regime de parceria público-privada e deverá começar a ser construída no início de 2027 para entrar em funcionamento em 2030.
“No mais tardar no início de outubro vamos lançar o concurso internacional para a construção do Hospital Central do Algarve em regime de parceria público-privada”, precisou.
Luís Montenegro revelou também que a eficiência hídrica no Algarve se mantém como preocupação do Governo e garantiu que “já está assegurado” o financiamento para a construção das barragens de Alportel e da Foupana.
Trata-se do maior investimento de sempre na região do Algarve, “inscrito numa estratégia” que o Governo tem para o país inteiro, para gerir a água, um recurso que em Portugal “existe em quantidade suficiente”.
“Não temos falta de água, mas sim falta de capacidade de gestão e de armazenamento da água que temos”, apontou.
Segundo Luís Montenegro, aquilo que o Governo está a cuidar é que até 2050 se faz o “maior investimento de sempre para não faltar água a ninguém, seja para o abastecimento doméstico e todas as atividades económicas, nomeadamente a agricultura”.
Luís Montenegro expôs ainda que o Algarve, região que tem sido esquecida por anteriores governos, vai também receber investimentos para estimular a atividade económica da região.
Nesse sentido, o Governo assegurou já a realização dos grandes prémios de motociclismo de MotoGP para 2025 e 2026 e que está “tudo pronto para se formalizar o regresso da Fórmula 1 ao Algarve em automobilismo, em 2027”.
“Estes eventos implicam algum esforço financeiro por parte do Governo, mas têm um retorno, direto e indireto, de promoção que valem, sinceramente, a pena”, destacou.
Sobre a Festa do Pontal, Luís Montenegro salientou que ela representa um “encontro político, de liberdade, liberdade de expressão e para falar do país”, daquilo que o executivo tem andado e fazer e quer fazer “em nome de todos”.
“E é possível nós fazermos isso ao mesmo tempo que estamos a fazer tudo para ajudar aqueles que estão a sofrer”, disse.