“Há um Portugal antes e um Portugal depois de Cavaco Silva”

5 de novembro de 2025
PSD #cavacosilva

O Primeiro-Ministro considera que Aníbal Cavaco Silva é a sua referência e inspiração para a ação governativa e manifestou “imensa gratidão” ao também ex-líder do PSD, ex-Presidente da República e antigo chefe do Governo, que considerou responsável pelo “ciclo mais proveitoso da democracia portuguesa”.
“Quero aqui dizer, sem nenhum problema, pelo contrário, com muito gosto, que do ponto de vista da inspiração governativa, da forma de estar, lidar e executar a tarefa de coordenação do Governo, a nossa e a minha referência e inspiração é precisamente Aníbal Cavaco Silva. (…) É justo reconhecer que há um Portugal antes e um Portugal depois de Aníbal Cavaco Silva”, afirmou.
Esta quarta-feira, na sessão de homenagem a Aníbal Cavaco Silva, na residência oficial em São Bento, por ocasião dos 40 anos da sua primeira tomada de posse como Primeiro-Ministro, em 6 de novembro em 1985, Luís Montenegro referiu que sente a responsabilidade de ser “um farol para o país”. “Como ele [Cavaco Silva], hoje sentimos a responsabilidade de sermos um farol para dar ao país uma orientação para o rumo que queremos seguir, como fez Cavaco Silva há 40 anos atrás, com o intuito de não deixar nenhum português para trás, com o intuito de dar a todos as mesmas oportunidades”, disse. 
Luís Montenegro agradeceu a Cavaco Silva essa inspiração que exige ao Governo estar “à altura da mesma responsabilidade num contexto diferente”, encontrando mais semelhanças do que diferenças, como a necessidade de dotar o país de “infraestruturas estratégicas”, de retirar carga burocrática do Estado, mas também no apoio ao Estado social.
Luís Montenegro sublinhou que os governos entre 1985 e 1995 “ficaram marcados por decisões corajosas, por muita determinação, por um conjunto muito extenso e coordenado de reformas que transformaram as políticas públicas, a sociedade portuguesa”.
“O Presidente Cavaco Silva é, efetivamente, uma personalidade central da história de Portugal, da nossa democracia e da nossa política contemporânea (…) [Os governos de Cavaco Silva] Construíram, de facto, as bases de um Portugal moderno, de um Portugal virado para o futuro, de um Portugal que finalmente almejou estar ao nível dos países mais desenvolvidos da Europa”, defendeu.
Luís Montenegro realçou ainda a necessidade de, tal como naquela altura, Portugal precisar de credibilidade para “ter um papel ativo e interventivo no contexto europeu e internacional”. “Nós hoje somos um país ouvido e respeitado. Nós hoje somos um país que, não obstante a sua dimensão territorial e económica, vai muito mais além do que essa dimensão na capacidade de intervir e poder conduzir o rumo dos acontecimentos”, apontou.
O Primeiro-Ministro classificou Cavaco Silva como “um político que teve uma relação com o povo português como mais nenhum outro teve até hoje, que foi sufragado pelo povo português como mais nenhum outro foi até hoje”.
Luís Montenegro saudou ainda a mulher do antigo chefe de Estado e do Governo, Maria Cavaco Silva, pelo seu percurso profissional e político, e o fotojornalista Rui Ochôa, autor da exposição fotográfica intitulada "Aníbal Cavaco Silva: uma década em imagens - O Primeiro-Ministro que transformou Portugal", que poderá ser visitada na residência oficial em São Bento, aos fins de semana.
Nesta sessão, participaram os ministros do atual Governo e vários antigos governantes de Cavaco Silva, como o atual candidato presidencial Luís Marques Mendes, a conselheira de Estado Leonor Beleza, a antiga líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, Eduardo Catroga, João de Deus Pinheiro, Teresa Patrício Gouveia, Faria de Oliveira e Luís Mira Amaral.