Portugal não pode ser submetido a novo confinamento devido à incúria e irresponsabilidade do Governo

25 de março de 2021
Grupo Parlamentar Estado de Emergência

Com o início do desconfinamento, Isaura Morais advertiu o Governo para os riscos do excesso de confiança e para os perigos de decisões apressadas ou insuficientemente fundamentadas. No debate de mais um Estado de Emergência, a Vice-Presidente do PSD frisou que o que se exige ao Governo não são avisos, mas sim medidas concretas que reduzam a transmissibilidade do vírus. “O processo de abertura de atividades que agora se inicia não pode ser apressado nem negligenciado. Que fique claro que, no entender do PSD, Portugal não merece nem pode ser submetido a novo confinamento, outra vez provocado pela incúria e irresponsabilidade do Governo”, afirmou.

Com a pandemia presente em Portugal há um ano, Isaura Morais recordou que só entre março e dezembro de 2020, infelizmente, morreram quase cem mil pessoas no nosso País, mais 13 mil do que a média, no mesmo período, dos cinco anos anteriores. Desses 13 mil óbitos em excesso, refere a deputada, cerca de metade teve como causa a Covid-19 e a outra metade deveu-se a causas não Covid. A gravidade deste excesso de mortalidade, enfatiza a deputada, “não pode ser esquecida nem escamoteada, para mais quando assistimos ainda a uma redução sem precedentes da atividade assistencial programada do Serviço Nacional de Saúde. Ainda hoje o País ficou a saber que mais de 54 mil doentes estão à espera, há mais de um ano, pela operação que necessitam e que 40% dos doentes ultrapassaram já os tempos máximos de resposta garantidos.” Face a estes dados, Isaura Morais exige ao Governo que dê uma “urgente resposta a este problema de falta de acesso à saúde, estabelecendo objetivos concretos de recuperação de listas e tempos de espera para consultas, cirurgias e exames.”

Isaura Morais revelou ainda que o PSD, tendo em conta a defesa do interesse nacional, votará favoravelmente à renovação do Estado de Emergência, até como “expressão do nosso sentido de responsabilidade e da nossa solidariedade para com os portugueses, defendendo a saúde pública e protegendo os mais fragilizados.”