Covid-19: São necessárias indicações mais claras que auxiliem a decisão moral de cada um durante o Natal

17 de dezembro de 2020
Grupo Parlamentar Estado de Emergência Covid-19

O Grupo Parlamentar do PSD votou favoravelmente à renovação do Estado de Emergência, não deixando, no entanto, de fazer alguns alertas ao Governo. 

Carlos Peixoto sublinhou que o PSD rejeita “o aproveitamento político gratuito desta crise”, e continua a “colocar sempre o interesse coletivo em primeiro lugar”, mas o estado de emergência “não pode ser uma cortina de fumo para ocultar os seus erros”. 


Não há quem não saiba que no Verão, o Governo esteve confiadamente a banhos em vez de estar afincadamente a trabalhar numa estratégia de recuperação dos milhões de consultas, tratamentos e cirurgias que as suas opções políticas comprometeram. E não há quem não sinta que não foi capaz de travar o brutal aumento da mortalidade decorrente das doenças não COVID, (mais de seis mil mortos nos últimos meses), ou que não foi diligente nos lares para conter os contágios e os óbitos da população mais idosa”, afirmou o vice-presidente da bancada laranja.  

Agora, se por um lado, é compreensível “que se pretenda suavizar o nível de cansaço e de exaustão com tanta, e por vezes, tão confusa, contraditória e injusta proibição”, por outro “dilema persiste e a adesão à realidade tem muita força”. 

Tal como afirmou Carlos Peixoto, “ou o Governo é ponderado e inteligente ou é simpático e popular. Tudo ao mesmo tempo, pode ser explosivo e fazer detonar a bomba relógio”. 

O social-democrata sublinhou ainda que “na última semana, os contágios aumentaram 4%, e só não aumentaram mais porque o número de testes diminuiu. As mortes subiram 7%, para o maior registo de sempre” e o “Governo português é o único na Europa que não implementou medidas de restrição de circulação entre concelhos nos próximos 15 dias, mesmo nos de elevado risco”. 

Tanto quanto se sabe, é também o “único que não deu nenhuma indicação de referência para o número máximo de pessoas que deverão agrupar-se nas reuniões familiares, ou para a adoção de outros comportamentos padrão”.
 
Para o PSD, a época do Natal “não dispensa a definição de indicações mais claras que auxiliem a decisão moral de cada um”.