TAP: Ouvir o Governo falar em reprivatização é um “circo completo “

4 de novembro de 2022
PSD

O Presidente do PSD afirmou esta quinta-feira que o que se passa na TAP é um “circo completo. Ainda há bocadinho vinha para aqui a ouvir o Ministro das Infraestruturas dizer que a reprivatização esteve sempre no horizonte do Governo. É de ir às lágrimas, com franqueza. Isto passou a ser uma anedota”, disse.
 
Num jantar da Associação Comercial do Porto, Luís Montenegro acrescentou ainda que o Governo está a fazer é a “confundir toda a gente” quando aborda a intervenção do Estado na companhia em 2020. “Mas o problema não está aí, o problema está em 2016. Em 2016 não havia nenhuma obrigação de nacionalizar parte do capital da TAP, a TAP já tinha sido privatizada, já havia mais de 50% do capital que estava nas mãos dos privados, com o respetivo risco”, disse.
 
O Presidente do PSD acusa também o Governo de ter deixado “as responsabilidades e os riscos” do lado do Estado, tendo assim atuado como “anjos da guarda” para os investidores privados da companhia área. 
 
Portugal deve ter um programa nacional para a captação, acolhimento e integração de imigrantes
 
Durante o jantar na Associação Comercial do Porto, o Presidente do PSD defendeu que uma das grandes prioridades para o médio prazo deve ser criar um criar um “verdadeiro programa nacional” de captação, acolhimento e integração de imigrantes para fazer face à crise demográfica em Portugal, um problema que se tem negligenciado no país. 
 
Para Luís Montenegro, “se não houver um verdadeiro pacto nacional para se poderem nos próximos anos desenvolver mecanismos de atração de mão-de-obra, de pessoas, e quanto mais novas, melhor”, a questão não se vai resolver por “obra mágica de alguém”.
 
Nós não vamos ter outra saída nos próximos 20, 30 anos, que não seja conseguirmos atrair mão-de-obra qualificada, fixar o talento que somos capazes de criar, mas depois captar talento, atrair talento, atrair pessoas de várias qualificações para poderem hoje suprir as necessidades de mão-de-obra que são transversais a todos os setores de atividade”, alertou.