Caso TAP: António Costa é o responsável

28 de dezembro de 2022
PSD desgovernops TAP

Miguel Pinto Luz considera que a demissão da secretária de Estado revela desorientação do Governo, é uma “saída” que só aconteceu à “25.ª hora” e por pressão da “opinião pública, oposição e do Presidente da República”. O PSD quer explicações urgentes do Primeiro-Ministro sobre este caso e vai pedir a audição parlamentar dos ministros Fernando Medina e Pedro Nuno Santos e dos gestores públicos da TAP.

Em declarações na sede nacional, o vice-Presidente do PSD lembra que esta é nona saída no Executivo liderado por António Costa, “com nove meses”, constitui “mais um episódio de uma série de trapalhadas” e da “falta de controlo” sobre uma empresa em que o Estado já aplicou 3,2 mil milhões de euros. “Numa situação tão crítica para o país, vemos um Governo sem autoridade política a degradar-se todos os dias e os portugueses perguntam, nós perguntamos: quem será o próximo”, questionou.

Miguel Pinto Luz afirmou que o PSD aguarda “uma posição urgente, clara, exigida ao único responsável por todo este desgoverno, o Primeiro-Ministro António Costa”. Ao mesmo tempo, tece fortes críticas aos ministros das Finanças e das Infraestruturas. “Medina e Pedro Nuno assobiam para ao lado e dizem nada saber, como se um não tivesse a tutela da TAP e outro não tivesse Alexandra Reis como secretária de Estado”, apontou, acusando-os de estarem “desprovidos de capacidade política”.

E deixou ainda um aviso ao Executivo: “Se o Governo não souber rapidamente inverter o rumo dos acontecimentos, não restará ao PSD assumir as suas responsabilidades históricas”, salientou, considerando que, “acima da estabilidade política, está Portugal”.

“A pergunta que fica é: como é que o senhor Primeiro-Ministro nunca sabe de nada? Que Governo é este em que os ministros perdem autoridade política, mas o Primeiro-Ministro não pede responsabilidades. Que gestão faz António Costa do seu Governo para que estes casos, estas trapalhadas sejam uma constante anormalidade da ação governativa”, criticou.