PSD considera que os alunos mais frágeis estão a ser deixados para trás

22 de dezembro de 2020
Grupo Parlamentar Educação

Cláudia André afirmou hoje que o Governo está a deixar “os alunos mais frágeis para trás”. A deputada do PSD enumerou casos de alunos que não estão a ser devidamente acompanhados pela tutela, dando o exemplo dos alunos de risco, que permanecem em casa, aos quais “não lhes é garantido o acompanhamento das aulas”, sendo que o mesmo acontece com a alunos em isolamento profilático. 
 
Cláudia André denunciou ainda a “falta de professores, sublinhando que há centenas de alunos que permaneceram todo o 1º período sem aulas” de várias disciplinas. 
 
Qual a resposta que o ministério planeia para que estes alunos iniciem as aprendizagens às disciplinas que não tiveram professor?”, questionou, acrescentando ainda que “não sabemos, não sabemos porque o ministério é lento a responder a todos os problemas dos alunos, tão lento a responder que os alunos mais frágeis ficam sem resposta, são estes os verdadeiros prejudicados por os computadores prometidos em Abril não terem chegado, são estes os verdadeiros afetados por as escolas não terem meios técnicos para lhes proporcionar aulas mais interativas e atrativas, são estes que por se baixar todas as fasquias só para que a estatística ficam sem o conhecimento que mais tarde os poderia ajudar no elevador social”. 
 

 

Também António Cunha enumerou o que vai mal na Educação, contrariando o balanço “extremamente positivo” que o Ministro da Educação faz do primeiro período deste ano letivo. 
 
Fazer levianamente uma afirmação destas quando os diretores das escolas, mas principalmente os alunos e os seus pais desesperam com a falta de professores, o balanço só pode ser extremamente negativo, tal é a falha no direito à educação para todos sem exceção”, disse. 
 
O mesmo cenário se revê no “número de horários por preencher mais do que duplicou face ao ano letivo anterior. Tal como já se verificou no ano letivo anterior, há alunos sem aulas a Matemática, a Português, a Inglês, a Geografia desde o início do ano letivo. Serão cerca de 30 mil os alunos afetados que fizeram zero de aprendizagem a estas disciplinas”.