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O segundo dia oficial da campanha eleitoral para as eleições legislativas de 18 de maio começou, às 9h30, com o debate nas rádios entre todos líderes dos partidos com representação parlamentar. Foi mais um momento para o Presidente do PSD falar aos eleitores e ouvintes das rádios Antena 1, Observador, Renascença e TSF. A partir dos estúdios da RTP, em Lisboa, Luís Montenegro defendeu a concentração do voto na AD - Coligação PSD/CDS.
A justiça foi um dos temas em destaque neste debate, com Luís Montenegro a manifestar disponibilidade para “aprofundar tudo aquilo que possa colaborar para algum funcionamento da justiça”, em particular na questão da celeridade processual com críticas aos designados megaprocessos.
“Creio que hoje podemos concluir que a opção pelos megaprocessos não foi uma opção feliz, foi uma forma de prolongar as oportunidades de se poder ir adiando todas essas etapas processuais”, sintetizou.
Para o líder da AD, é preciso encurtar os prazos na justiça criminal, através do reforço dos meios disponibilizados na fase de investigação, bem como fazer mudanças da justiça administrativa e fiscal, que é “muito penalizadora da vida económica e social do país”.
Luís Montenegro afirmou, por um lado, que “o PS convive mal com a derrota”, como aconteceu nas legislativas de 2024 e “é, por isso, que estamos a viver esta crise política”; por outro, realçou que “o verdadeiro Pedro Nuno Santos reapareceu”, já que agora demonstra mais nervosismo perante a falta de argumentos.
O líder da AD defendeu que “a estabilidade política depende da maturidade política de todos”, pelo que “é preciso pôr cobro à rotina que está criada de termos eleições todos os anos”.
Sobre a apagão elétrico que Portugal viveu há uma semana, Luís Montenegro elogiou o sentido cívico dos portugueses e ressalvou que reações das oposições é “desfasada” da realidade. A este propósito, comparou a ação do Executivo de Portugal com a do governo de Espanha. “Se quiserem comparar aquilo que é a reação dos espanhóis com portugueses, comparem à vontade. A intervenção do Primeiro-Ministro [português] tem sido usada no combate [político] como o elemento diferenciador pela positiva”, salientou.
Terminado o debate, Luís Montenegro comentou o artigo de opinião de Aníbal Cavaco Silva, publicado no Observador, aproveitou para agradecer as palavras e a “lucidez da análise política” do ex-Presidente da República “na partilha de opinião com os portugueses”.
“Amanhã, o PSD vai completar 51 anos de existência. Vai terminar, portanto, também a comemoração dos seus 50 anos, meio século de história. (…) Será oportunidade do atual líder do PSD, que aqui vos fala, ter um encontro com todos os que me antecederam nessa função”, anunciou Luís Montenegro.