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Vídeo: Luís Montenegro antecipa o estado da Nação
Uma “economia amordaçada pela falta de atratividade ao investimento, fruto das políticas” do atual Governo, serviços públicos “à míngua” e uma “política de desleixo da preservação do sentido de Estado no exercício de funções públicas”. Agora que o Parlamento se reúne, esta quarta-feira, para tomar o pulso ao estado da Nação, o diagnóstico de Luís Montenegro é claro: Portugal “podia e, sobretudo, devia estar muito melhor”, mas a inação da maioria parlamentar e o “desnorte” do Governo impedem a sociedade portuguesa de progredir.
Para o líder parlamentar do PSD, a propaganda do Governo tem procurado enfatizar alguns números da economia, além da tão propalada devolução de rendimentos (que já tinha começado com o governo anterior). Mas já nada esconde a realidade, declara o presidente da bancada parlamentar social-democrata: a realidade de um País que o Governo do PSD deixou a crescer, com o desemprego a diminuir e os serviços públicos em reestruturação em prol da sustentabilidade e da qualidade.
Agora, o presente revela um cenário diferente, em que Portugal desaproveita a conjuntura externa para potenciar o seu crescimento. “Temos uma economia amordaçada pela falta de atratividade ao investimento, fruto das políticas deste Governo”, aponta.
Os serviços públicos estão “à míngua”, não apenas nas áreas que têm sido mais comentadas no último ano (saúde, educação e transportes públicos) mas também “em áreas chave da vida de uma comunidade”, como “a segurança, a proteção, a defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos”.
O líder parlamentar não deixa de recordar os acontecimentos recentes que permitem retirar aquela conclusão – Pedrógão e Tancos – “a par de tudo o que tem sido uma política de desleixo da preservação do sentido de Estado no exercício de funções públicas, que tem norteado vários episódios desde aquela célebre relação que o primeiro-ministro achava que podia ser informal – do seu melhor amigo para poder representar o Estado em negociações importantes com entidades privadas –, até, mais recentemente, à forma como três secretários de Estado, em circunstâncias que não se alteraram, um ano depois vêm assumir uma responsabilidade e, mesmo na saída, tentando adulterar a situação objetiva em que se encontravam”.
Luís Montenegro critica, ainda, o “desnorte na liderança governativa”, evidente “nos momentos difíceis”, em que “o País já sabe que não pode contar com a liderança do primeiro-ministro”. “Nos momentos fáceis, em que se pode acentuar um bom resultado, mesmo que esse bom resultado seja conseguido mais por intervenção de quem esteve antes do que quem está agora, lá temos o nosso primeiro-ministro sorridente a querer colher os louros políticos e a querer anunciar mais facilidades e mais medidas totalmente eleitoralistas”, como o aumento extraordinário de pensões a um mês das eleições autárquicas, que devia ter acontecido em janeiro. Uma medida que tenta insinuar que os portugueses são “instrumentos ao serviço da manutenção no poder do dr. António Costa”.
“O estado da Nação, infelizmente, é este”, conclui Luís Montenegro. “Mas temos, na oposição, a responsabilidade do PSD, com tudo o que tem sido o escrutínio e a fiscalização da ação do Governo e com a apresentação de muitas e muitas propostas” sociais, de descentralização, na área financeira, na educação, na saúde. “Todas elas praticamente condenadas ao mesmo desfecho: o rolo compressor de socialistas, em conluio com comunistas e bloquistas, que não deixam que a sociedade possa progredir.”
