Interconexões energéticas: António Costa anda a brincar com a questão

15 de dezembro de 2022
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Luís Montenegro diz que “o Primeiro-Ministro deve uma explicação ao país” sobre as interligações energéticas europeias e em particular sobre os interesses de Portugal nesta matéria. “O Primeiro-Ministro, na última Cimeira que teve com o Primeiro-Ministro espanhol, com o Presidente francês e com a Presidente da Comissão disse que as interligações estavam asseguradas e a verdade é que as mais importantes, aquelas que vão assegurar a capacidade de interligação, que são as dos Pirenéus, estão tudo menos asseguradas”, afirmou.

Em Bruxelas, onde se encontra a participar na Cimeira do Partido Popular Europeu (PPE), esta quinta-feira, o líder do PSD considerou que “António Costa anda a brincar com este tema, a criar uma expetativa que não é real, e isso não credibiliza nem o Governo português nem sequer as instituições europeias”. “Vendeu-se uma ideia de sucesso que é uma mão cheia de nada. (…) Desde 2011 que não há um palmo de obra. (…) O Primeiro-Ministro deixou de falar do gasoduto (…) e tentou vender-nos a ideia de que isto é uma vantagem competitiva para Portugal. Em primeiro lugar, isso está por demonstrar. Em segundo lugar, não sabemos se o financiamento para o projeto está ou não assegurado. E, em terceiro lugar, é preciso explicar, do ponto de vista técnico, como é que o gasoduto permite a utilização para hidrogénio verde. O Primeiro-Ministro dá este show-off nestas Cimeiras, desde 2014-2015”, acrescentou.

Luís Montenegro salienta que, “de uma forma subtil, foi abandonado o projeto do gasoduto, transformado num pipeline de hidrogénio verde, mas é preciso compreender como se vai readaptar o gasoduto vocacionado para o gás e que tem de ser adaptado para o hidrogénio, e que não é do interesse nacional”.
 

Suspeitas no Parlamento Europeu são uma “machadada” nas instituições 

Sobre as suspeitas de corrupção e de branqueamento de capitais que envolvem uma eurodeputada grega e ex-vice-Presidente do Parlamento Europeu, Luís Montenegro considerou, ontem, que este caso representa “uma das maiores machadadas na credibilidade das instituições europeias”.

“Isto é absolutamente intolerável na União Europeia. (…) Neste caso concreto, fere os princípios de funcionamento dos órgãos da União Europeia. Creio que a condenação que foi feita no Parlamento Europeu se justificou”, disse.

Luís Montenegro saúda a reação “muito positiva da Presidente do Parlamento Europeu”, “que foi muito direta e veemente na condenação de comportamentos que estão sob investigação”.