Atuação dos governos socialistas na TAP “foi um crime político e financeiro”

2 de outubro de 2022
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Luís Montenegro considera que a atuação dos governos socialistas na TAP “foi um crime político e financeiro”, com “custos” para os contribuintes. 

Na Convenção Autárquica Distrital do PSD de Coimbra, que decorreu este sábado, em Montemor-o-Velho, o Presidente do PSD fez a análise das opções políticas dos executivos do PS, concluindo que os cidadãos devem olhar para este caso “e tirar ilações na perspetiva da gestão de recursos públicos” e das consequências das decisões “que os governantes tomam”.

De acordo com o líder do PSD, o processo de renacionalização iniciado pelo primeiro Governo de António Costa deveria estar assente em “decisões estratégicas”. “Diziam-nos que a TAP era estratégica, que a TAP tinha de estar nas mãos do Estado, porque não podíamos deixar de ter uma companhia de bandeira”, afirmou. 

Na quinta-feira, o chefe do Governo manifestou que irá proceder à privatização da transportadora nos próximos doze meses, uma decisão que “não pode passar incólume”, vincou Luís Montenegro, recordando que, em 2016, o Governo “herdou uma TAP com a maioria do capital nas mãos de privados” e em processo de privatização, tendo optado depois por seguir pela via da renacionalização. “Esta decisão não foi imposta por ninguém. Não houve Comissão Europeia que a impusesse. Foi uma escolha em que estas pessoas entendiam que o interesse público iria ser mais bem acautelado e servido. Não faço juízo da intenção, mas faço o escrutínio das escolhas”, frisou, asseverando que o Governo optou por renacionalizar a TAP “por vontade própria, por opção estratégica”.

Revelador da incapacidade socialista na gestão do dossier TAP, e na sequência da pandemia, assinalou Luís Montenegro, “o Estado injetou mais de três mil milhões de euros” na companhia aérea. “Depois de terem injetado tanto capital, afinal já acham que a saída é reprivatizar a TAP? Mas esta gente anda a brincar à governação? Anda a brincar com o nosso dinheiro? Estes três mil milhões serviam, por exemplo, para que não houvesse corte de pensões durante, pelo menos, três anos (…) Quem é o responsável é o dr. António Costa e o PS”, apontou.