"Se fosse Primeiro-Ministro, Fernando Medina já não era ministro das Finanças"

7 de março de 2023
PSD TAP companhiaereaportuguesa

Luís Montenegro acusa o Governo de “sacudir a água do capote” e de “arranjar bodes expiatórios” ao decidir exonerar a CEO e o presidente do Conselho de Administração da TAP. O líder do PSD reitera que o ministro das Finanças está, assim, “diminuído de autoridade política e na sua credibilidade para o exercício da função”.  

“O Governo ao fazer cessar de funções o presidente do Conselho de Administração e a presidente executiva da TAP quer, no fundo, sacudir a água do capote, quer arranjar bodes expiatórios para uma responsabilidade política que é sua, nomeadamente do senhor ministro das Finanças”, sublinhou.  

Luís Montenegro, que falava em Vila Nova de Gaia, depois de intervir no 17.º aniversário do Clube dos Pensadores, foi perentório ao afirmar que “se fosse Primeiro-Ministro, o ministro das Finanças que tivesse agido como Fernando Medina já não era ministro das Finanças”.   

Entre outros factos, o líder do PSD lembrou que “o ministro das Finanças não se pode esquecer que assinou também o despacho de nomeação da engenheira Alexandra Reis para a NAV e foi ele que a foi convidar para secretária de Estado do Tesouro do seu próprio Ministério”.   

Como tal, insistiu Luís Montenegro, “se o dr. Fernando Medina não tivesse ido convidar a engenheira Alexandra Reis para ser secretaria de Estado do Tesouro, esta situação, todo este enredo, talvez não fosse sequer do conhecimento público”.  

Para o Presidente do PSD, o Governo tem agido com “total ligeireza”: “Foi o ex-ministro das Infraestruturas dizer que não sabia de nada, depois que afinal assumia a responsabilidade porque o seu secretário de Estado tinha tido conhecimento, para já, depois de ter saído do Governo, vir dizer que por ‘WhatsApp’ tinha tido conhecimento e tinha dado o ok a que se pagasse aquela indemnização”, apontou.