Rui Rio: o SNS está “à beira do caos”, governação socialista “prejudicou gravemente muitos portugueses”

19 de novembro de 2021
Grupo Parlamentar sns Saúde cuidadosdesaude

No debate sobre saúde requerido pelo PSD, esta sexta-feira, no Parlamento, Rui Rio traçou o retrato do funcionamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e acusou o Executivo socialista de ter “prejudicado gravemente muitos portugueses”.

Para o Presidente do PSD, o SNS está “à beira do caos”, com mais de um milhão de portugueses que continuam sem médico de família e 200 mil aguardam por uma cirurgia. “Seis anos depois desta promessa, a verdade é que mais de um milhão de portugueses, pura e simplesmente, não têm médico de família. Não sabem o que fazer quando precisam de tratar de um dos valores mais importantes da sua vida, que é, sem margem para dúvidas, a saúde”, destacou.

Rui Rio acusa o PS de persistir na “propaganda” e de falhar também no período da pandemia de covid-19. “Em matéria de Saúde, o Governo do PS, que agora cessa funções, falhou. Não só não cumpriu o que prometeu, como ainda deixou degradar a situação que herdou”, afirmou Rui Rio no encerramento da interpelação do PSD.

Rui Rio denunciou ainda “as longas filas de espera de madrugada” para consultas, o agravamento das listas de espera, e “a frustração e desmotivação dos profissionais do SNS”, dizendo que “não surpreendem as sucessivas dezenas de demissões em bloco” de vários diretores de serviço por todo o país. “Nas consultas hospitalares, a percentagem dos atendimentos realizados para além dos tempos máximos de resposta garantida, que era de 26% em 2015, está, hoje em 40%”, especificou.

O líder do PSD considera que competia ao Governo “ter mobilizado todo o sistema de saúde que Portugal tem instalado nos três setores fundamentais: público, privado e social. Porque os preconceitos ideológicos não podem ser uma barreira à saúde das pessoas”. 

Citando um relatório recente da OCDE, Rui Rio acusou o Governo de não estar à altura das suas responsabilidades. Só assim se explica que Portugal fosse “um dos países com maior sobre mortalidade não covid”, quando “morreram mais cerca de sete mil pessoas por causas não-covid face à média dos últimos 5 anos; um número de mortes avassalador e cujas causas, num País civilizado, deveriam ser devidamente apuradas”.

“Não surpreendem as sucessivas demissões em bloco de dezenas de médicos responsáveis por serviços hospitalares, como tem sucedido em Braga, Leiria, Setúbal, no Porto ou em Lisboa. Sendo este o estado do Serviço Nacional de Saúde, após os seis anos de governação socialista, só podemos concluir que os seus resultados finais são maus e que prejudicaram gravemente muitos portugueses. Em matéria de Saúde, o Governo do PS, que agora cessa funções, falhou. Não só não cumpriu o que prometeu, como ainda deixou degradar a situação que herdou”, frisou.

Rui Rio defende que além de uma mudança na “política de saúde”, Portugal precisa de uma substituição dos “principais protagonistas”. “Impõe-se, para defesa da saúde dos portugueses e, fundamentalmente, para um cabal cumprimento dos seus direitos constitucionais”, apontou.