PSD quer ouvir Governo, Banco de Portugal e administração do Novo Banco

13 de julho de 2022
Grupo Parlamentar novobanco auditoriaTdC

O PSD considera “extraordinariamente preocupantes” as conclusões da segunda auditoria do Tribunal de Contas ao Novo Banco e, por essa razão, vai requerer as audições no Parlamento do Governo, Banco de Portugal, Fundo de Resolução e administração da instituição bancária.

“É extraordinariamente preocupante que [a auditoria] conclua que entidades públicas não salvaguardaram o interesse público e isso tenha implicado apoios públicos de milhares de milhões de euros a um banco privado”, afirmou António Leitão Amaro, vice-Presidente do PSD.

António Leitão Amaro precisou que o PSD vai entregar um requerimento para que os responsáveis do Tribunal de Contas vão ao Parlamento apresentar e explicar esta segunda auditoria, tal como aconteceu com a primeira. 

“Acho que todos compreendem que ser dito que entidades públicas não defenderam o interesse público e que isso custou milhares de milhões de euros aos portugueses é obviamente extraordinariamente preocupante e precisa de esclarecimento”, declarou.

A gestão do Novo Banco com financiamento do Estado “não salvaguardou o interesse público”, identificando-se “riscos de conflito de interesses” em operações efetuadas e “práticas evitáveis” que oneraram o financiamento público, revelou o Tribunal de Contas. 

Para o vice-Presidente do PSD, é necessário “prosseguir o escrutínio” relativamente a todas as entidades públicas, perante uma auditoria que “confirma que houve” por parte dessas entidades públicas “falhas graves quer na negociação com a Comissão Europeia e com o comprador" quer "na monitorização e acompanhamento”.

António Leitão Amaro apontou ainda o facto de a auditoria alertar para a eventual necessidade de uma nova injeção de capital para assegurar a viabilidade do Novo Banco, por via do acionamento do mecanismo de capital adicional, até 1.600 milhões de euros, previsto nos compromissos assumidos pelo Estado português para assegurar a viabilidade do NB, tendo em conta os impactos adversos da pandemia e da guerra na Ucrânia.