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Luís Montenegro considera que o ciclo político-partidário que iniciou em 2022 terminou com vitórias nas autárquicas, legislativas e regionais, mas afirmou que o objetivo principal não foram os resultados, mas "governar bem" para os portugueses.
“Queremos ganhar eleições para poder utilizar a confiança das pessoas e transformar essas vitórias na melhoria da vida da comunidade. O objetivo é mudar a vida das pessoas, é governar bem. Nós vencemos eleições para trabalhar”, afirmou Luís Montenegro, no início do Conselho Nacional do partido, numa intervenção aberta à comunicação social.
Num discurso de cerca de meia hora, o Presidente do PSD salientou que, além de 136 municípios, apoiou mais cinco independentes, e o PSD conquistou os “cinco maiores municípios do país”, assim como concelhos do interior. "Não tem sido muito assinalado, mas nós para além das 136 câmaras que governamos com candidaturas próprias, com a sigla do PSD, apoiámos também mais cinco candidaturas independentes, que não tendo a sigla do PSD na sua designação, ainda assim têm de ser averbadas também ao nosso partido", destacou.
Luís Montenegro salientou a "transversalidade enorme" do PSD a nível autárquico, considerando que o partido tem "uma representação total daquilo que é a constituição da base social do país e da base territorial também".
De seguida, Luís Montenegro recordou o percurso eleitoral desde que assumiu a liderança do PSD, em julho de 2022, com vitórias em duas legislativas, regionais da Madeira e dos Açores e autárquicas e apenas uma derrota nas europeias. "Começámos e terminámos um ciclo de eleições partidárias com um resultado que nos endossa a responsabilidade de sermos o grupo parlamentar mais representativo na Assembleia da República, de termos a condução do Governo, de termos os dois maiores grupos parlamentares nas Assembleias Legislativas dos Açores e da Madeira e de conduzirmos os respetivos governos, de termos as câmaras e as juntas de freguesia que permitem liderar as respetivas associações nacionais e de termos uma representação no Parlamento Europeu que é praticamente equivalente à maior que é a do Partido Socialista", resumiu.
No plano político, Luís Montenegro comprometeu-se por isso “continuar a transformar o país”, como está a fazer “hoje no Ministério da Educação, das Finanças, como vamos fazer na Saúde e também na Reforma do Estado”. "Esta filosofia foi sufragada nas urnas. Este caminho tem a confiança do povo português. Este caminho atribuiu-nos uma responsabilidade. E nós dizemos ao país que a responsabilidade é grande, mas nós não temos medo dela. Nós vamos agarrá-la, nós vamos cumpri-la, nós vamos executá-la", reiterou.
Para o Primeiro-Ministro, o Governo vai “continuar a regular a imigração e salvaguardar a nossa segurança”, mas também apostar em setores menos visíveis como a água e valorização da floresta. Além disso, compromete-se a corresponder aos investimentos em Defesa Nacional que os compromissos internacionais e o contexto mundial exigem.
Luís Montenegro assegurou que já “está a começar agora o trabalho para as autárquicas de 2029” e promete apresentar o coordenador para essa eleição.
Antes da sua intervenção, o Presidente da Mesa do Congresso, Miguel Albuquerque, foi o primeiro a destacar os resultados obtidos sob a liderança de Luís Montenegro. "Pela primeira vez em 50 anos, o PSD consegue juntar a maioria das Câmaras, das Juntas de Freguesia, ao poder regional, ao governo da nação e ainda a Presidência da República… com ponto de interrogação. Parabéns a todos nós", disse.
O Conselho Nacional do PSD ficou marcado pela notícia do falecimento do fundador e militante número um do partido, Francisco Pinto Balsemão, que foi transmitida aos participantes pelo Presidente do partido, Luís Montenegro, sendo recebida com aplausos.