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Pedrógão Grande: Justificações que têm sido apresentadas ampliam perturbação em vez de sossego
“Não existe uma imagem de coordenação, de liderança e eficiência global de prevenção, segurança e combate aos incêndios florestais”, afirma Luís Montenegro
O PSD considera que as justificações que têm sido apresentadas para a tragédia dos incêndios de Pedrogão Grande "ampliam a perplexidade e a perturbação em vez de promoverem o sossego e alguma acalmia".
Numa carta enviada esta quinta-feira aos presidentes das restantes bancadas parlamentares, o líder do Grupo Parlamentar do PSD (GPPSD) afirma que “ninguém, até ao momento, conseguiu elucidar minimamente os funestos acontecimentos dos passados dias 17 e 18 de Junho em Pedrogão Grande e Castanheira de Pêra que vitimaram mais de 60 pessoas, entre as quais crianças. Pelo contrário, as justificações que têm sido avançadas aparentam ser parcelares e empíricas, muitas delas já tendo sido sucessivamente abandonadas para darem lugar a outras diferentes".
Luís Montenegro assegura também nesta missiva que o PSD considera também que “não existe uma imagem de coordenação, de liderança e eficiência global de prevenção, segurança e combate aos incêndios florestais", o que "dilata, ainda mais, a aflição coletiva". Apesar de reconhecer que as respostas "não poderão ser oferecidas num curto espaço de tempo", o PSD defende que "há questões concretas e objetivas que podem e devem ser aclaradas o mais rapidamente possível".
Os partidos com assento parlamentar têm de “criar condições para que os esclarecimentos devidos possam ser obtidos de forma empenhada, isenta e credível”. E, para isso, tem de ser criada uma comissão técnica independente "absolutamente desobrigada de quaisquer vínculos com o poder político e administrativo, designadamente com o Governo, bem como as entidades que participaram no sistema de prevenção, segurança e combate aos incêndios".
Só assim será possível um trabalho "de apuramento detalhado, livre e imparcial, que os portugueses exigem quanto antes".