Queremos o Estado social a servir as pessoas

29 de fevereiro de 2024
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Luís Montenegro acusa o PS de deixar “o Estado todo partido” e “o partido todo no Governo”, prometendo que com a AD haverá melhores serviços de saúde e educação, sem partidarização.
Esta quarta-feira, num comício da Aliança Democrática (AD) em Évora, Luís Montenegro alegou também que o PS quer o "Estado a decidir" a vida das pessoas, enquanto a coligação PSD/CDS-PP/PPM quer dar-lhes "instrumentos para cada um ser na vida aquilo que ambiciona".
Para o líder da AD, "esta é uma diferença estrutural" entre os dois projetos, "o PS quer mais Estado, quer utilizar o Estado para si próprio, e no fim do dia deixa sempre as coisas muito pior".
"O Estado social socialista hoje é uma vergonha, que envergonha a esquerda, que envergonha os princípios socialistas", considerou.
Luís Montenegro argumentou que perante "maus resultados" não se deve insistir "na mesma receita", e sustentou que com as "políticas diferentes" da AD haverá melhores serviços de saúde e educação, "um verdadeiro Estado social".
"Nós não queremos o Estado partido, nem queremos o Estado social a não dar às pessoas a respostas que elas querem e merecem. Nem queremos o partido, mesmo que fosse o nosso, no Estado. O Estado é dos cidadãos, o Estado existe para servir os cidadãos. Nós só queremos o poder para dar os instrumentos de que os cidadãos precisam para criar riqueza e serem na vida aquilo que ambicionam", afirmou.
Em Évora, que vai ser Capital Europeia da Cultura em 2027, Luís Montenegro destacou propostas para este setor, para "transformar a criatividade em valor", defendendo que "a cultura não é património da esquerda" e que "as grandes transformações, as grandes conquistas culturais em Portugal até estão associadas à AD".
"No nosso programa propomos que no final desta legislatura a despesa com cultura seja 50% superior àquela que os socialistas nos deixaram. Não é fácil, mas nós vamos atingir esse objetivo. Por isso, nós propomos que na escola haja uma valorização do ensino das artes, do teatro, da música, da expressão plástica", referiu.
A AD quer fazer "uma verdadeira lei do mecenato que possa dar aos criadores, aos produtores culturais, aos agentes da cultura meios financeiros para poderem promover a sua atividade", por entender que, mesmo quando não tem rentabilidade financeira, a cultura tem "rentabilidade social, rentabilidade coletiva".
Antes, discursou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que defendeu que só uma vitória da AD nas eleições legislativas pode evitar que, nos 50 anos do 25 de Abril, Portugal volte “a um regime de partido único”. “A mera hipótese de o PS ganhar eleições significa o falhanço total do sistema de alternância democrática que fundámos no 25 de Abril”, afirmou.
Na sua intervenção, o autarca lisboeta censurou o PS por ter criado “o caos” e agora querer “diabolizar todos quantos falem sobre imigração”. “É por isso que precisamos de olhar para a imigração com responsabilidade e dizer: para recebermos com dignidade os imigrantes, então temos de garantir que eles têm as condições para viver em Portugal. Nós precisamos deles, mas com dignidade, a AD tem de falar nisto”, especificou.
Carlos Moedas apelou aos portugueses para que escolham “a honestidade e não a desonestidade, fazer e não fingir que se faz, a competência e não a incompetência, a moderação e não o radicalismo”.
“Vamos ganhar com muita força”, concluiu.