Política de imigração regulada é aquela que serve melhor Portugal

2 de maio de 2025
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Luís Montenegro volta a defender as vantagens de uma política de imigração regulada e equilibrada, seja para travar “portas escancaradas” e as redes de exploração humana seja para garantir boas condições de vida e de trabalho a quem entra em Portugal.
Esta quinta-feira, em Faro, num comício com militantes, o líder do PSD recordou que, quando começou a falar na necessidade de haver segurança de proximidade e pôr regras para a entrada em Portugal, foi alvo de “impropérios” e apelidado de “extremista” pela oposição. 
Para Luís Montenegro, a prova de que a política seguida pelo Governo é correta é demonstrada no “reconhecimento, ainda que envergonhado”, do PS e do seu Secretário-geral de que a opção tomada pelo Executivo está “na linha correta”. “Mas é preciso lembrar aos eleitores quem é que definiu a estratégia, quem é que a está a executar, quem é que acredita verdadeiramente nela antes de haver eleições, agora que há eleições e depois de haver eleições, quem é que está sempre no mesmo trilho. E o mesmo se diga da imigração, também fomos alvo de grandes impropérios”, argumentou.
Luís Montenegro lembrou que, quando disse na última campanha eleitoral “que a porta não pode estar escancarada”, mas também não se pode “ter a porta fechada”, foi criticado e apontou o exemplo do Algarve como uma região onde a entrada desregulada de imigrantes estava a descaracterizar a sua essência.
“O Algarve é a região tipo para explicar qual é a política correta de imigração. É a região que não pode ter a porta aberta, porque se tiver a porta aberta, completamente escancarada, fica descontrolada, fica absolutamente descaracterizada, perde o seu apelo, perde a sua atratividade, desequilibra o esteio social que garante a atração de turistas e aqueles que aqui vêm voltam ou dizem a outros para cá virem”, sustentou.
Luís Montenegro assinala que o Algarve também “não quer a porta encerrada, fechada à chave com trancas”, porque se “não tiver uma imigração regulada com a possibilidade de integrar cidadãos que venham de outros países para ajudar a força de trabalho”, fica sem capacidade de resposta para “poder ter a sua economia ativa, competitiva”, para aproveitar o seu “potencial”.
“Depois de acabarmos com a manifestação de interesse, a diminuição do número de pedidos foi entre 60 ou 80%, consoante os meses. Aqueles teóricos que diziam que a diminuição de interesse não tinha um efeito de chamada, eu acho que os números são elucidativos, sem manifestação de interesse a diminuição foi enorme”, exemplificou.
O líder da AD lamentou que PS e Chega estejam nos “antípodas” em matéria de imigração e tenham votado em conjunto para rejeitar propostas da Coligação PSD/CDS no Governo.
Durante a tarde de quinta-feira, Luís Montenegro visitou ainda a 41.ª Ovibeja, feira agropecuária da região do Alentejo.