Exoneração do diretor-geral do Património Cultural, PSD quer ouvir Bernardo Alabaça no Parlamento

29 de junho de 2021
Grupo Parlamentar Cultura patrimoniocultural Governo

O grupo parlamentar do PSD quer ouvir no Parlamento, “com caráter de urgência”, o ex-diretor-geral do Património Cultural, na sequência da sua exoneração, na sexta-feira, pela ministra da Cultura.

No requerimento de audição parlamentar, os deputados social-democratas dão conta do facto de a ministra da Cultura “ter exonerado Bernardo Alabaça”, que foi “nomeado diretor-geral do Património Cultural há pouco mais de um ano, alegadamente e segundo fonte do Ministério da Cultura, por considerar que a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) está 'inoperacional'”.

O PSD recorda que “a chegada de Bernardo Alabaça à Direção-Geral do Património Cultural em fevereiro do ano passado, fortemente contestada por várias entidades do sector, foi na altura justificada pela ministra da Cultura por ser a escolha necessária a apropriada de alguém com o perfil adequado aos desafios dum novo ciclo de políticas públicas para o património cultural e para as artes”.

“Alguns dos que criticaram a nomeação de Bernardo Alabaça vêm agora dizer publicamente que a sua demissão é 'lastimável', que se trata de uma 'demissão totalmente política de quem procura um bote salva-vidas' e que 'a ministra tem de colocar a mão na consciência e assumir que os problemas começam no Ministério, por falta de estratégia e de execução'”, considera o PSD.

Neste sentido, fundamenta o PSD, “importa clarificar esta súbita mudança de opinião e convicção da ministra da Cultura, já que o Ministério que tutela se tem caracterizado por uma absoluta e permanente falta de visão, estratégia e ação cuja responsabilidade é exclusivamente da senhora ministra”.