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O Primeiro-Ministro assegurou que ele próprio, a ministra da Administração Interna e o Executivo no seu todo estiveram “sempre ao leme” no acompanhamento e coordenação do combate aos incêndios.
Esta quarta-feira, na intervenção de abertura durante o debate na Comissão Permanente da Assembleia da República, sobre a situação dos incêndios em Portugal, Luís Montenegro frisou que o Governo esteve antes quando “atuou na prevenção e na preparação do dispositivo de combate”, esteve durante “coordenando e decidindo a situação de alerta e a coordenação entre os vários Ministérios e departamentos da administração” e esteve após a ocorrência dos incêndios, “no apoio rápido às pessoas e às empresas mais afetadas”.
Luís Montenegro destacou várias medidas de prevenção que disse terem sido tomadas pelo Governo, frisando que foi reforçado o programa de sapadores florestais, foi feito o controlo de fogo e foram autorizadas queimadas em 3.562 hectares, além de terem sido constituídas mais 50 operações integradas de gestão da paisagem, quando “apenas existiam 12”.
Além disso, Luís Montenegro reiterou que o dispositivo de combate aos incêndios de 2025 é o “maior de sempre”, envolve “76 meios aéreos, mais 869 operacionais do que no ano passado e mais 238 veículos de combate”.
Luís Montenegro recordou, contudo, que apesar destas “medidas preventivas e do diagnóstico, a força do inimigo foi enorme”, houve “25 dias ininterruptos de severidade meteorológica extrema”, com “mais de 65% de ocorrências no período de 1 a 20 de agosto”.
O Primeiro-Ministro referiu ainda que estão em investigação, por equipas próprias, crimes de incêndio doloso e a sua “eventual conexão entre estas atividades criminosas e alguns interesses económicos”, referindo que, até 24 de agosto, foram detidas 113 pessoas, contra 60 no ano passado, “e foram inquiridas mais de mil pessoas no âmbito destas investigações”.
Antes, a abrir a sua intervenção, o Primeiro-Ministro manifestou pesar pelos quatro cidadãos que faleceram no combate aos incêndios e desejou “rápida e plena recuperação” aos que ainda se encontram feridos, deixando ainda uma palavra de "profundo reconhecimento" a todos os que estiveram envolvidos no esforço do combate aos fogos florestais.
No encerramento do debate, o Primeiro-Ministro alertou que para evitar tragédias de enorme gravidade é preciso continuar a remover obstáculos jurídicos, de identificação da propriedade, da correlação entre ela e responsabilidade pelo terreno. “Estamos a falar de verdadeira reforma do Estado, de simplificar procedimentos”, concretizou.