Confinamento com escolas abertas: PSD manifesta-se preocupado e questiona ao Ministro se docentes vão ser considerados prioritários no plano de vacinação

12 de janeiro de 2021
Grupo Parlamentar Covid-19 Educação

Carla Madureira reiterou perante o Ministro da Educação as preocupações já manifestadas pelo presidente do PSD sobre a manutenção das escolas abertas durante o confinamento geral que se anuncia para os próximos dias. Depois de Rui Rio ter afirmado, após a reunião com o Primeiro-Ministro, que lhe custava a perceber “como é que é possível fechar grande parte do país e não as escolas, com os pais a ir buscar os miúdos e tudo mais”, a deputada afirmou que, apesar de esta ser agora uma decisão estribada na opinião dos peritos em saúde pública, isso não deixa de preocupar o PSD. “Não quer isto dizer que o PSD esteja tranquilo e deixe de questionar em que medida a evolução da situação pandémica em Portugal é diferente da alemã, inglesa ou espanhola que não têm presentemente as escolas a funcionar em regime presencial”, declarou.

Perante este cenário, Carla Madureira questionou ao Ministro se os professores não deviam ser considerados profissionais de risco e se, estando na linha da frente, os docentes e não docentes vão ser incluídos nos grupos prioritários no plano de vacinação da covid19.

De seguida, a deputada felicitou a resiliência e o esforço dos diretores, professores, não docentes, alunos, famílias e autarcas durante o primeiro período letivo. Contudo, a social-democrata lamentou que o mesmo não se possa dizer que um ministério e um ministro que “está apostado em consolidar o facilitismo no nosso sistema de ensino, que se esconde para não enfrentar a realidade e que aparece para fazer uns anúncios que rendem na lógica da propaganda, mas que depois não têm correspondência com a realidade das escolas”. A título de exemplo, a deputada recordou os computadores prometidos que continuam sem chegar às escolas.

A terminar, Carla Madureira desafiou o Ministro a deixar uma palavra aos alunos e professores que estão a ter aulas em escolas geladas e que, por força da necessidade de arejamento, têm de suportar situações de profundo desconforto térmico.