Carlos Mota Pinto

Líder do PSD Carlos Mota Pinto

25 de julho 1936 - 7 de maio 1985

Natural de Pombal

Presidente do GPPSD: 17 de maio 1975 a 13 de janeiro 1976

Primeiro-Ministro: 22 de novembro 1978 a 7 de julho 1979

Presidente do PSD: 25 março 1984 a 10 fevereiro 1985

Biografia

Licenciado e doutorado em Ciências Jurídicas na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tornou-se professor nesta faculdade e noutras universidades portuguesas e estrangeiras.

Militante do PPD desde a sua fundação, proferiu uma das frases mais emblemáticas do Partido: "hoje somos muitos, amanhã seremos milhões" (primeiro grande comício do PPD, no Pavilhão dos Desportos, a 25 de outubro de 1984).

É eleito deputado à Assembleia Constituinte a 25 de abril de 1975, e nomeado Presidente do Grupo Parlamentar do PPD a 17 maio de 1975. Em dezembro do mesmo ano, na sequência do II Congresso Nacional, que fica marcado pela clarificação interna e pelo abandono de vários quadros, Mota Pinto entra em rotura com Sá Carneiro e é sucedido por Barbosa de Melo no GPPSD. 

Em 1978, por iniciativa do Presidente da República, Ramalho Eanes, toma posse como Primeiro-Ministro do IV Governo Constitucional. Um ano depois é sucedido por Maria de Lurdes Pintasilgo.

À data da morte de Sá Carneiro já se havia reconciliado com o fundador e era mandatário nacional do candidato às presidenciais da AD, o general Soares Carneiro.

É indicado como candidato do PSD a Primeiro-Ministro por Nuno Rodrigues dos Santos (depois do X Congresso). O PS ganha as eleições e a 9 de junho de 1983 toma posse o IX Governo liderado por Mário Soares e com Mota Pinto como vice-primeiro-ministro. Nasce o Bloco Central por via da coligação pós-eleitoral entre PS e PSD. Este período fica marcado pela austeridade decorrente do pedido de ajuda ao FMI e pelo processo de adesão à CEE.

É eleito Presidente da Comissão Política Nacional no XI Congresso Nacional do PSD que decorreu em Braga, em 1984 (Sétimo líder do Partido), sucedendo a Nuno Rodrigues dos Santos.

Em fevereiro de 1985, abandona o governo do Bloco Central e demite-se da liderança do PSD. É substituído por Rui Machete como Presidente interino e vice-primeiro-ministro.

Faleceu poucos meses depois em Coimbra, nas vésperas do Congresso do PSD da Figueira da Foz.