Rui Rio: acordo com o CDS-PP visa “enfraquecer hegemonia socialista” no poder local

16 de março de 2021
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O PSD e o CDS-PP assinaram, esta terça-feira, o acordo que estabelece as linhas comuns de entendimento para travar as próximas eleições autárquicas. Na cerimónia de assinatura do acordo, Rui Rio sublinhou que há condições para os dois partidos, em coligação, conquistarem “bastantes mais câmaras do que aquelas” que lideram neste momento. Rui Rio reafirma que o objetivo é “enfraquecer a quase hegemonia do PS no poder autárquico”. 

Seguindo uma “tradição da democracia portuguesa”, esta aliança pretende, segundo Rui Rio, juntar os melhores para estarem ao serviço das populações no poder local. “Escolher bons candidatos e fazer uma campanha como deve ser”, apontou.

Rui Rio considera que “as eleições autárquicas de 2021 são muito importantes para o PSD” e daí este acordo enquadrar compromissos comuns entre os dois partidos ao nível local, desde que com o aval prévio de ambas as direções nacionais.

Rui Rio insiste ainda no adiamento das eleições autárquicas, sabendo-se que a pandemia irá condicionar a campanha eleitoral e quando o plano de vacinação conhece contratempos. O líder do PSD entende como “prudente dar aqui uma folga para que as eleições” possam ser “totalmente transparentes” e “iguais para todos”.

O acordo autárquico nacional estabelece que “a existência de significativos pontos de convergência de que resultam um conjunto de propostas de coligação, desejadas pelos órgãos competentes dos dois Partidos, refletem o sentimento e a vontade dos eleitores”, ao mesmo tempo enaltece que “as próximas eleições autárquicas representam um marco importante na afirmação de um projeto mobilizador alternativo à maioria de esquerda que, desejavelmente, se venha a constituir num momento de viragem para a mudança”.

O acordo, que foi assinado, em representação do PSD pelo Secretário-geral e coordenador autárquico, José Silvano, define que os dois partidos “podem adiantar, até ao recebimento da subvenção pública respetiva, os fundos necessários a cada candidatura abrangida pela coligação que, em termos gerais se fixam em 80% para o partido que lidera a coligação e 20% para o outro”. A coligação irá ainda “assentar no princípio da boa gestão dos recursos financeiros, na sua racionalização e no pagamento atempado aos fornecedores”.