Governo da AD continuará a ser dialogante

12 de maio de 2025
PSD legislativas2025 coimbraAD viseuAD

Em Cantanhede, o líder do PSD reafirmou que a estabilidade política pode “fazer toda a diferença” em Portugal perante a incerteza europeia e mundial, considerando que “as dificuldades de uns são as oportunidades de outros”.
Este domingo, num almoço-comício perante 1500 apoiantes, Luís Montenegro assegurou que o Governo e a AD não estão deslocados das dúvidas e apreensões perante a situação internacional “complexa e desafiante”. “Eu não sou Primeiro-Ministro para contemplar e andar a comentar a situação. Eu sou Primeiro-Ministro e vou continuar a ser Primeiro-Ministro para, olhando para essa situação, dar soluções, caminhos, orientações para nós podermos enfrentá-la e para nós podermos superá-la”, destacou. 
Luís Montenegro considerou que “a estabilidade não é um fim em si mesmo”, mas avisou pode fazer “toda a diferença nos próximos anos” para diferenciar Portugal de outros países. “Eu vou explicar se calhar de uma forma mais direta e mais crua, mas às vezes também de que ser. Muitas vezes na história das instituições e também dos países e dos povos, as dificuldades de uns são as oportunidades de outros”, afirmou.
O líder da AD - Coligação PSD/CDS disse não querer colocar-se de fora das dificuldades da Europa e do mundo, mas considerou que, havendo noutros países “menos capacidade de dar esta estabilidade, naturalmente que os olhos se vão direcionar para aqueles outros territórios onde essas condições existem”. “Nós vivemos hoje na Europa, no mundo, num modelo que está em crise, num modelo de equilíbrio que está em crise, num modelo de alguma insegurança sobre aquilo que podem vir a ser os próximos tempos”, admitiu.
Em Viseu, no comício da noite, o Presidente do PSD usou a fórmula “sim é sim” para garantir que um Governo AD será dialogante e cumprirá as suas promessas de descer impostos sobre o trabalho, valorizar pensões e “salvar” o Estado social.
“Dizemos que não a muito pouca coisa. Dizemos que não ao radicalismo, à injustiça, à impreparação, à imaturidade, dizemos não àqueles que estão sempre contra tudo, porque esses não acrescentam nada. (…) Connosco sim é sim. Prometemos baixar os impostos sobre o rendimento do trabalho e o sim foi sim. E vai continuar a ser sim, porque continuaremos a descer o IRS - 500 milhões de euros já este ano e dois mil milhões de euros na legislatura. Sim é sim”, frisou.
Neste discurso, Luís Montenegro voltou a dirigir-se aos jovens e aos pensionistas, dizendo que o seu Governo aumentou em onze meses de funções, por duas vezes, o complemento solidário para os idosos, que nos próximos quatro anos prometeu fazer subir para 870 euros.
O Presidente do PSD recordou que o Governo retirou a razão “aos profetas do medo”. “Dissemos sim e foi sim – e ainda fizemos mais, ainda aumentámos a comparticipação dos medicamentos de 50% para 100%. Por isso, deixem-me dizer a todos os pensionistas e reformados de Portugal: quando fazemos isto, é pensar na vossa vida, é a pensar nas vossas condições, na dignidade que merecem”, completou.
O Presidente do PSD falou ainda aos trabalhadores da administração pública, considerando-os fundamentais para a eficácia dos serviços que o Estado presta aos cidadãos, e prometeu defender o Estado social. “O Estado existe para resolver os problemas das pessoas e servir o interesse das pessoas, não existe para se alimentar a si próprio e para servir apenas aqueles que lá trabalham. O nosso projeto está a salvar o Estado social, porque olha para os serviços públicos de educação, de saúde, mas também olha para a habitação ou para a mobilidade”, sustentou.
Como primeiro exemplo, apontou o caso dos professores, alegando que sem docentes nas escolas “a igualdade de oportunidades entre todos aqueles que têm o direito de se qualificar fica colocada em causa”.
“Sem médicos e sem enfermeiros e sem os outros técnicos de saúde aqueles que têm dinheiro vão à procura de uma solução no setor privado, no setor social, mas aqueles que ficam no Serviço Nacional de Saúde ficam à porta a aguardar a sua vez. Quando valorizamos as carreiras da administração pública, estamos a dar aos serviços públicos as competências e os recursos humanos que precisam para servir os interesses das pessoas, para servir o interesse das instituições”, acentuou.
Neste contexto, deixou um apelo ao voto na AD, dizendo que merece governar mais quatro anos. “Que não se disperse o voto à procura apenas de garantir um fogacho aqui e um fogacho ali. Que se pense num projeto de desenvolvimento, num projeto abrangente, socialmente equilibrado, que não deixa ninguém para trás. Quem mostrou o que nós mostramos em onze meses tem autoridade para dizer que nós merecemos a oportunidade de governar quatro anos”, assinalou.