Excedente fiscal deve estar ao serviço das “pessoas que mais precisam”

19 de julho de 2022
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Luís Montenegro defende que o Governo deve pôr o “excedente orçamental” e o aumento da “receita fiscal” decorrentes da atual escalada inflacionista ao serviço das “pessoas que mais precisam”.

Numa visita ao Cozinha com Alma, um projeto de refeições sociais, que apoia mais de 700 famílias em dificuldades financeiras, esta terça-feira, o Presidente do PSD voltou a exortar o Governo a “pôr em prática um programa de emergência social” para minorar o impacto dos aumentos dos preços. “As pessoas estão a pagar um preço mais elevado na alimentação, compras no supermercado, abastecimento de gasolina e gasóleo, conta da eletricidade e do gás, tudo isso está a subir em muitos casos em 30%”, afirmou.

O Presidente do PSD critica o Governo por revelar “uma grande insensibilidade social”, ao não implementar “um programa de emergência social” para as famílias. “O Estado está a ganhar dinheiro com o aumento da inflação. O Estado está a arrecadar mais receita fiscal do que aquela que tinha estimado arrecadar. Use o excedente que o Orçamento está a proporcionar, em termos de impostos que as pessoas e as instituições pagam, para ajudar quem mais precisa”, afirmou.

Sobre o debate do Estado da Nação, no Parlamento, Luís Montenegro sublinha que Portugal, entre 2016 e 2021, “anos de exclusiva responsabilidade do PS e em que todos os países foram atingidos da mesma maneira pela pandemia, o crescimento acumulado do produto interno bruto foi de 7,1%, o crescimento acumulado nos países da Coesão, a média foi de 18,3%, ou seja, mais do que o dobro”, quando “no mesmo período, um governo socialista estagnou o país”. 

“Somos um país mais pobre, porque estamos a ter um ritmo de crescimento muito inferior à média de todos os países da União Europeia”, referiu.

Antes, Luís Montenegro conheceu “in loco” o projeto Bata Branca - Vida Cascais, onde constatou a capacidade das instituições, do município e da comunidade em “suprir as insuficiências” do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente na disponibilização de médicos. 

“Esta interação entre o Serviço Nacional de Saúde e o setor social vai ao encontro da ideia de facultar às pessoas que precisam, de baixos rendimentos, as mesmas oportunidades daquelas que têm uma condição económica mais favorável”, assinalou Luís Montenegro. 

São cerca de 40 mil os utentes que não têm médico de família no concelho de Cascais.