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O Partido Social Democrata foi o grande vencedor das eleições autárquicas de domingo, com mais câmaras municipais e juntas de freguesia. Sozinho ou em coligação, os social-democratas conquistaram 136 câmaras e venceram nas maiores cidades do país, como Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Sintra e Cascais.
“Voltámos a ser o maior partido português no poder local. Isso dá-nos uma grande responsabilidade, a responsabilidade de não falhar, a responsabilidade de traduzir em decisões concretas, em objetivos e em resultados, aquilo que é a confiança que recebemos do povo”, afirmou Luís Montenegro, assegurando que não irá desperdiçar “a expressão de um caminho de estabilidade, de confiança”.
Numa reação aos resultados na sede do PSD/Porto, Luís Montenegro sublinhou que com estes resultados o PSD está em condições de liderar a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE).
Luís Montenegro começou por agradecer aos portugueses a confiança que foi depositada no PSD, salientando que o partido que lidera “teve mais votos, mais mandatos, elegeu mais presidentes de junta de freguesia, elegeu mais presidentes de Câmara Municipal e obteve uma vitória histórica nos cinco maiores concelhos do país”.
Desde Aníbal Cavaco Silva que um Primeiro-Ministro do PSD em exercício de funções não vencia umas eleições locais. “O PSD é o maior partido no poder local, no poder regional e na Assembleia da República”, sintetizou.
O líder do PSD criticou os adversários políticos, dizendo que “toda a gente se apresentou como ganhador”. “Cada um apresenta o seu ângulo, mas do ponto de vista objetivo, nós éramos a segunda força com maior representação em termos de presidência da Câmara, somos a primeira, éramos a segunda força com maior representação em termos de residentes de Junta, somos o primeiro. Não éramos a força política que tinha mais votos e mais mandatos, neste momento somos. Eu não sei o que é que posso dizer mais para poder comprovar a vitória eleitoral que tivemos”, afirmou.
Luís Montenegro adiantou que traçou o objetivo de voltar a colocar o PSD como maior partido autárquico desde que assumiu a liderança do partido, em 2022. “Bem sei que muitos consideraram esse um objetivo inalcançável, difícil, por que a diferença de representação face ao PS era muito significativa”, destacou, referindo-se às 35 câmaras que separavam os dois partidos em 2021.
Nos casos em que o PSD ganhou sem maioria, o líder social-democrata defendeu a autonomia de governabilidade de cada município. “Sobre a governabilidade dos municípios, aquilo que é o nosso princípio é o respeito da autonomia do poder local em toda a sua expressão. Os autarcas eleitos terão de assumir a sua responsabilidade: aqueles que venceram e não têm maiorias absolutas de diálogo, aqueles que não venceram de princípio de serviço às comunidades”, apontou.
Luís Montenegro garantiu que a direção nacional não irá “interferir diretamente na gestão desses municípios, dessas juntas de freguesia”, pois “é uma tarefa que cabe aos próprios, dentro daqueles que são os princípios das suas candidaturas e da relação democrática entre forças políticas”.