Rui Rio condena ameaça à soberania da Ucrânia e à estabilidade da Europa

24 de fevereiro de 2022
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Rui Rio condena “a flagrante e grosseira violação do Direito Internacional pela Rússia” e expressou “total solidariedade para com o Estado e o povo ucraniano”.

Numa intervenção na Comissão Permanente da Assembleia da República para debater a invasão russa da Ucrânia, o Presidente do PSD classificou, esta quinta-feira, como “um dos dias mais negros da história recente da Europa”, com a Rússia que “escolheu a guerra”

Perante os deputados, Rui Rio assinalou que a “Ucrânia é um país soberano” e a “Rússia negou e ameaçou essa soberania a um nível sem precedentes, cercando durante meses o Estado ucraniano, com milhares de soldados russos e em total violação de todos os Tratados internacionais”.

“Todos os esforços diplomáticos efetuados insistentemente por europeus e americanos, foram apenas usados por Vladimir Putin para uma mera encenação”, apontou.

Rui Rio acusa a Rússia de Putin de se sentir incomodada pela democracia e pelos valores ocidentais. “À Rússia de Putin, incomoda-a a democracia. A autonomia. O Estado de direito. Os direitos humanos. Os direitos das minorias. A economia de mercado. A globalização imbuída de valores ocidentais. Incomoda-a a linguagem ocidental dos valores e princípios humanistas, que são totalmente incompatíveis com toda e qualquer visão imperialista. (…) E o presidente Putin é o responsável por trazer a guerra de volta ao continente europeu”, disse.

O líder do PSD apela a “uma coordenação ativa entre a União Europeia, o Reino Unido e os Estados Unidos da América para a adoção de um pesado pacote de sanções à Rússia”, na sequência deste “ato de agressão sem precedentes”. “Porque o alvo dos russos não é apenas Donbass, nem tão somente a Ucrânia. O alvo é também a estabilidade da Europa e de toda a ordem internacional”.

Rui Rio defende que “a União Europeia deve estar pronta a enviar à Rússia um sinal muito forte de que este ataque é inaceitável e, por conseguinte, terá de ter um preço económico e político exemplar e dissuasor de novas aventuras imperialistas e antidemocráticas”. 

“Não estarmos prontos para contribuir com a nossa parte, seja no plano militar, económico ou diplomático, seria estarmos a ignorar o perigo de termos um futuro bem mais sombrio para a Europa em particular e para a humanidade em geral. E, por isso, Portugal deve assumir integralmente os seus compromissos e a sua responsabilidade como membro fundador da NATO e defensor da paz e dos valores democráticos. A ameaça à soberania ucraniana e à sua integridade territorial deve ser condenada por todos os países que partilham os valores da paz e da democracia”, referiu.

Rui Rio manifestou “apoio e solidariedade para com o povo ucraniano” e “a total disponibilidade de Portugal para colaborar com os seus aliados no seio da União Europeia e da Aliança Atlântica” para travar a “barbaridade” e “o imperialismo russo e o seu total divórcio dos valores e princípios que, a todos, nos devem unir”.