PSD volta a aprovar estado de emergência mas Governo tem de fazer mais: “A vasta maioria das mortes por COVID-19 podem ser evitadas”

13 de janeiro de 2021
Grupo Parlamentar #covid-19 #pandemia #estadodeemergencia

O PSD declarou que aprovará, uma vez mais, a renovação do Estado de Emergência, que o Parlamento debate e vota esta quarta-feira, mas instou o Governo a “fazer mais para se salvarem mais vidas”. “A vasta maioria das mortes por COVID-19 podem ser evitadas”, sublinhou o vice-presidente da bancada social-democrata Ricardo Baptista Leite.

Realçando que Portugal está  “a viver o momento mais difícil na resposta à pandemia”, o deputado do PSD defendeu o confinamento proposto pelos especialistas como “uma necessidade imperiosa”, já que o “descontrolo das novas infeções COVID-19 está a colocar o Serviço Nacional de Saúde sob uma pressão sem precedentes, com profissionais esgotados depois de 10 meses consecutivos de combate a este inimigo comum”. Para Ricardo Baptista Leite, a confirmarem-se as projeções, “esses mesmos profissionais terão de tomar decisões eticamente muito difíceis. Escolher entre quem tem acesso a uma cama de cuidados intensivos e quem não tem. No fundo, escolher entre quem vive e quem morre.”

Para evitar esse cenário, o PSD apela a que o Governo mude de rumo, lembrando que “decisões erradas têm um custo humano insuportável” e que “o descontrolo que hoje vivemos era evitável”. “Analisando as decisões do governo ao longo destes 10 meses da pandemia, é hoje evidente que o PSD tem divergências políticas profundas com este Governo”, apontou Baptista Leite.
 
Afirmando que o sofrimento de um novo confinamento “não pode ser em vão”, o social-democrata avisa que “não basta confinar. É preciso mudar”. E aponta o exemplo da Dinamarca, cuja estratégia de combate à pandemia tem demonstrado “que é possível manter a sociedade aberta com um número controlado de casos”. Para isso, destacou, é necessário intervir “sem hesitações”, atuar “proactivamente” e testar “sistematicamente”, identificando e isolando todos os cidadãos infetados e suspeitos. Uma estratégia defendida pelo PSD desde o início.
 
Outra medida inadiável, reclamada pelo PSD, é o mapeamento dos lares, legais ou ilegais, onde se concentram os maiores focos de mortalidade. “Dez meses depois persiste esta necessidade premente”, denunciou Ricardo Baptista Leite.