“O PS usa despudoradamente os fundos e o dinheiro da bazuca para comprar votos”

9 de setembro de 2021
Grupo Parlamentar prr eleicoesautarquicas2021

O PSD acusa o Governo e o Partido Socialista de, em véspera de eleições autárquicas, usarem “despudoradamente os fundos e o dinheiro da bazuca para comprar votos”.

Numa declaração política no Parlamento, Cancela Moura afirmou que o PS pretende transformar o Plano de Recuperação e Resiliência, que devia promover como um desígnio nacional, “num Plano de Conveniência Eleitoral do PS e num Plano de Reverência ao Governo.”

Frisando que para o PS vale tudo para ganhar, o deputado lembrou que o secretário-geral do PS, “em modo de primeiro-ministro em part-time”, encabeça o carrossel de governantes que têm percorrido o País, em peregrinação, a prometer tudo a todos. “O primeiro-ministro, qual tio Patinhas e sempre ao lado dos candidatos ou presidentes de Câmara do PS, promete distribuir o Plano de Recuperação e Resiliência, como se não houvesse amanhã.”

De acordo com Cancela Moura, este “autêntico Euromilhões, que anda à roda, dia sim dia não, a cada vez que o primeiro-ministro faz um comício do PS,” sai sempre aos mesmos, num jogo partidário completamente viciado. “Esta apropriação indevida do PRR, indiciando que apenas as autarquias que venham a ser ganhas pelo PS é que terão acesso livre e facilitado aos milhões da Europa, é de uma promiscuidade absolutamente inaceitável num Estado de direito”, afirmou, acrescentando que estamos perante uma forma de “desvirtuar, de forma escandalosa, as regras do jogo democrático, promovendo um ambiente de chantagem eleitoral”.

Face a este “estado de sítio, que nos envergonha a todos e em nome de um poder local livre e independente”, o deputado lançou o repto à Comissão Nacional de Eleições para que, entre a azáfama das notificações para remoção de publicações nas redes sociais e as recomendações sobre a abstenção de comportamento, encontre 10 minutos que sejam, para assegurar a igualdade de tratamento e de oportunidades destas ações de propaganda do Governo, ainda por cima enganosa, “que são uma ingerência inqualificável na campanha eleitoral”.