Rui Rio: “medidas pontuais” não acabam com a “pobreza laboral”

2 de maio de 2022
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Rui Rio considera que os níveis de pobreza laboral que se registam em Portugal são um indicador de “subdesenvolvimento”, pelo que medidas “pontuais” não resolvem o problema a médio e longo prazo. 

À chegada para um jantar da 7.ª Academia de Formação Política para Mulheres, este sábado, em Vila Nova de Gaia, Rui Rio defendeu que são necessárias “medidas concretas” para mitigar os níveis de pobreza laboral. “Seguramente que se temos níveis intoleráveis de pobreza laboral a responsabilidade é mais [do Primeiro-Ministro] do que minha. Agora, se queremos, efetivamente, ultrapassar esse indicador, que é muito mais um indicador de subdesenvolvimento do que de desenvolvimento, não é com medidas pontuais. Podemos ter uma medida pontual ou outra que pode atenuar um bocadinho, mas que não resolve o problema”, afirmou. 

De acordo com o Presidente do PSD, o problema “é muito simples” de resolver e passa pelo desenvolvimento da economia, do crescimento económico e de produção de riqueza para “depois distribuir [a riqueza] de forma correta e eliminar a pobreza”. “Tentar resolver no curto prazo só vai agravar porque ou temos riqueza produzida para distribuir bem ou não temos”, afirmou, criticando o Governo por dirigir “uma mensagem agradável” para as pessoas com “medidas de ordem pontual que não resolvem o problema”. 

“Se não conseguirmos dar competitividade à nossa economia, se não colocarmos as empresas em primeiro lugar em termos das prioridades políticas, escusamos de estar à espera de melhores salários. Isso é um erro do PS de base sempre”, salientou, frisando que o PS vai “tentar com duas ou três medidas distribuir aquilo que quase não existe” e que, com as políticas que tem seguido, o país vai “continuar a empobrecer”. 

 

PS ainda não tirou Portugal da bancarrota 

O Presidente do PSD acusou este domingo, dia em que se assinalou o 1.º de Maio, o PS de ainda não ter recuperado o país da “queda que ele próprio provocou com a bancarrota para que atirou Portugal”.  

Numa publicação na rede social Twitter, Rui Rio respondeu a uma afirmação de António Costa, que horas antes, escrevia que o Governo socialista vai prosseguir o objetivo de reforço do peso dos salários no PIB para a média europeia. “O gráfico do peso dos salários no PIB que o Sr. Primeiro-Ministro aqui publica é ilustrativo: em seis anos de governação, o PS ainda não conseguiu recuperar totalmente a queda que ele próprio provocou com a bancarrota para que atirou Portugal. É muito o tempo que temos perdido com o PS a governar”, escreveu Rui Rio. 

Recorde-se que, em 2011, o Governo liderado por José Sócrates, solicitou um pedido de ajuda externa perante o quadro de bancarrota a que os socialistas conduziram Portugal.