Orçamento traz “austeridade encapotada” e comete o “erro capital” de não responder à inflação e ao crescimento

13 de abril de 2022
Grupo Parlamentar Orçamento do Estado 2022

O PSD acusou o Governo de cometer “o erro capital” de não responder ao aumento da inflação nem ao “desafio principal do país”, o crescimento económico, reiterando que o Orçamento do Estado traz “austeridade encapotada”.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o vice-coordenador do PSD na Comissão de Orçamento e Finanças, Jorge Paulo Oliveira, considerou que o documento “não responde a uma necessidade do país, que é o fenómeno da inflação”.

“Estamos a assistir a um aumento muito considerável dos preços, claramente superior ao aumento expectável dos salários, à atualização do salário mínimo nacional, das pensões e dos salários da função pública”, afirmou.

Tal como já tinha defendido o líder parlamentar do PSD, Paulo Mota Pinto, na apresentação das linhas gerais do OE, Jorge Paulo Oliveira defendeu que esta opção do executivo liderado por António Costa conduzirá “a uma perda do poder de poder”. “Este orçamento traduz-se numa austeridade encapotada”, reiterou.

Em segundo lugar, o PSD aponta ao documento o “erro capital” de não responder ao que considera ser o principal desafio estrutural do país: o crescimento económico, a produtividade e a competitividade.

“O Governo continua a recusar que o fraco crescimento económico em Portugal é o principal problema estrutural do país”, afirmou, avisando que se este Orçamento “repete as mesmas fórmulas, não é expectável que tenha resultados diferentes”.

O deputado referiu que o PIB ‘per capita’ português caiu em relação à média europeia nos últimos anos e que o país tem sido ultrapassado por outros membros mais recentes da UE. “Nós estamos efetivamente a empobrecer em termos relativos. Hoje somos o sétimo país mais pobre da Europa e, a breve trecho, seremos rapidamente ultrapassados pela Roménia que em 2002 era o país mais pobre da Europa”, lamentou.